A diversidade de características que Xangô carrega faz com que o Orixá seja sincretizado de diferentes formas na tradição católica. Alguns o relacionam com São João Batista, outros com São Jerônimo ou São Judas Tadeu. Conheça melhor esse Orixá e entenda todo o sincretismo com os Santos da Igreja Católica.
Conhecendo a história de Xangô
Filho de Bayani e marido de Iansã, deusa dos ventos, o Orixá está bastante relacionado com questões de justiça e karma. Por isso, é representado com um machado de duas faces, objeto símbolo tanto de proteção de seus filhos quanto de punição, quando injustiças são cometidas. A estrela de seis pontas também o acompanha, representando o poder de equilibrar o universo.
O dia da semana dedicado a esse Orixá, Xangô, é a quarta-feira, as principais cores associadas ao Orixá são aquelas que se relacionam com o fogo – seu elemento, e a sua saudação é “Kao Kabiesilê!”.
Além disso, os filhos desse Orixá carregam consigo as principais características do pai. São bastante impulsivos e buscam a transformação. Apesar de serem autoritários, são também bondosos, justos e generosos com aqueles que precisam.
Sincretismo com São João Batista
De modo geral, o sincretismo do Orixá é feito com São João Batista e a data de comemoração acontece no dia 24 de junho. Segundo o catolicismo, São João Batista era primo de segundo grau de Jesus. A mãe de João Batista era Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Como a diferença de idade entre eles era pouca, eles se aproximaram com o tempo.
Acredita-se que João Batista chegou ao mundo primeiro como um dos espíritos encarregados de preparar o ambiente para a reencarnação de Jesus. Ambos eram muito próximos e tinham uma relação de amizade e companheirismo bastante forte. Inclusive, foi João Batista quem fez o batismo de Jesus, sendo este, um momento entendido como de purificação nas águas doces.
Essa questão do batismo e do simbolismo com a purificação liga o santo a Xangô. Entende-se que com o poder do fogo, o Orixá destrói o que há de ruim, transformando e trazendo tudo o que há de bom de acordo com o merecimento de cada um. Ele é capaz de purificar e fazer renascer, modificando forças negativas em positivas.
Além disso, durante o período de avanço do catolicismo, a Igreja passou a incentivar os fiéis a acenderam fogueiras para determinados santos, como São João, São Pedro e Santo Antônio, principalmente no solstício de verão do continente europeu. O Orixá aparece mais uma vez nesse momento. Acredita-se que as fogueiras das comemorações de junho, nas tradicionais Festas Juninas, são para pedir que o mau seja transformado em bem.
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